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segunda-feira, 16 de julho de 2007
PORQUE TINHA DE SER - *ERALDO MACIEL


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Minha esposa tem o dom de me emocionar. Vou explicar:

Em 1999 eu participava de um evento promovido pela senhora Dalva Dourado. Em parceria com Rúbia Margareth, eu apresentava a festa, a comemoração anual das senhoras que compunham o “Clube da 3ª Idade”. Tenho saudade daquele tempo. D. Dalva vem a ser a avó de Larissa; Margareth é sua tia.

Naquele dia de 1999, por não mais do que alguns segundos, meus olhos encontraram os de Larissa. Foram os segundos mais demorados de toda a minha vida! A força daquele olhar me fascinou e mexeu imediatamente com algo que estava em algum recôndito da minha alma. E eu senti vergonha... Achava que Larissa tivesse, à época, uns 15 anos de idade. Fiquei sabendo depois, ela contava apenas miúdos 13 anos. Eu somava já 35. Pouco tempo depois daquele evento Larissa retornou para Manaus – mas eu só saberia disso quase 7 anos depois.

Eu não conseguia entender aquele conflito interior que me tirava a paz: como pudera eu olhar “do jeito que olhei” para aqueles olhos infantis? O rigor com que sempre moldei minha conduta me obrigava a sentir vergonha de mim mesmo, pois eu sabia que não enxergara nela tão somente uma criança. Algo que eu não sabia explicar havia acontecido. Claro, devo deixar límpido: não vislumbrei naqueles olhos, na eternidade daqueles 2 ou 3 segundos, nada que me colocasse à margem de qualquer conceito moralista. O que quero dizer é que algo de “diferente” acontecera... Aquele olhar tinha algo de muito mais antigo e muito maior do que o tempo de 13 anos.

O tempo passou e aqueles olhos jamais me saíram da lembrança. Por incontáveis vezes comentei isso com pessoas amigas – e por várias vezes recebi a recomendação que eu deveria ir atrás da dona deles. Mas, para mim, Larissa continuava sendo a criança de 13 anos de olhos de infinito. A falta de qualquer contato com ela ao longo de todo o tempo até o nosso reencontro não me permitia imaginar outra coisa. Também por inúmeras vezes cheguei a afirmar que, se tivesse de me casar novamente, seria com a dona daquele olhar... Claro que ninguém acreditava – ou não me entendiam!

19 de abril de 2006. Abro minha página no Orkut e...

Meu coração disparou: fixos em mim, como naquela noite de um longínquo dezembro de 1999, aqueles mesmos olhos! Era um convite para fazer parte do seu círculo de amigos. Ela se identificava como neta de D. Dalva e que estivera em um dos encontros promovidos pela avó. Mas o nome me deixou confuso: “Larissa”. Como poderia, se “aquele olhar” pertencia a Débora? Entendi depois: seu nome é Débora Larissa.

Imediatamente começamos a trocar mensagens, algumas delas aqui expostas (eu as tenho armazenadas):

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Oi, Lari!

Que bom me adicionar! Agradeço de verdade, viu?

Agora, me diga...
Você disse que estava em um dos eventos que D. Dalva realizou (aliás, estive no aniversário dela, dia 1º último)... Teria sido no Colégio Cláudio Abílio Aragão?

E você, seria aquela menininha que "me prendeu" os olhos a noite toda? (ops... desculpa!!!)

Lembro-me de uma garota linda, que estava de vestido, e que me foi apresentada por alguém... Foi logo depois do final das cerimônias e quando o pessoal começava a dançar...

Responda, tá? - U R G E N T E !!! rss!

Bjos!”
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Devo dizer: exagerei no “a noite toda”. Não tivera esse privilégio.
Instantes depois ela me respondeu:

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“Olá Eraldo,

Cá estou eu respondendo com a urgência solicitada e pedindo que você me explique o porque da mesma, haha!
Embora em outras ocasiões eu prendesse os olhos em você, mesmo que meio "sem querer", essa não foi uma delas! rs
Estive em um evento realizado por minha vozinha, onde você também estava presente, mas este foi na Maçonaria, eu era muito menina, acredito que você nem me notava... rs!!

Beijos!!”
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Sim, por incrível que pareça, aquela criança reaparecera – em Manaus! E agora era uma linda mulher de 20 anos, completados havia apenas 2 dias!

Já todo cheio de confiança (reparem o "anjo", no final da mensagem), disparei:

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“Putz... Fiquei preocupado!

Primeiro, os olhos que ficaram presos foram os meus, não os seus... Não tive essa honra! rs...

Segundo: "requeri" urgência porque realmente sempre tive curiosidade em saber quem era aquela menina, que na época deveria ter no máximo 14 ou 15 anos.

Por fim, não me lembro exatamente se era no CCAA. Também participei de eventos na Loja Maçônica - como foi, aliás, no último niver de D. Dalva.

Desculpe-me, não quis ser atrevido... E, em tempo: vc não respondeu a todos os "quesitos". P. ex.: vc estava de vestido? Cor escura? rss!

Bjos, anjo! Fica com Deus!

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Na verdade, eu não tivera coragem de perguntar outras coisas àquela altura extremamente mais importantes: como estava a sua vida? Estaria solteira?

12h20m do dia 27 de abril de 2006, uma quinta-feira, 9 dias depois do nosso “reencontro”. Deixo o estúdio da emissora onde trabalho e disparo mensagens para o celular de Larissa. Era o pedido de casamento – que, graças a Deus, depois de uma interminável espera de cerca de 3 minutos, foi aceito!

Nos primeiros minutos do dia 3 de junho Larissa surgiu na sala de desembarque do Aeroporto 2 de Julho, em Salvador. Seu vôo atrasara quase 1 hora e eu já brigara com todo mundo da Gol que eu encontrara pela frente (e olha que ainda não se falava em ‘apagão aéreo’!).

Quando a abracei senti que ali estava a minha alma gêmea. A pessoa que chegara naquele vôo trouxera de volta os olhos que mudaram a minha vida e me devolviam a paz. Em tão pouco tempo Larissa reavivou em mim o sentimento da emoção, como uma chama que se tornara brasa. Ainda hoje sinto a mesma emoção quando flagro em seus olhos aquele olhar capturado em 1999.

Quer saber mais?

Fácil: continue acessando este blog. Não demoro e voltarei com mais coisas nossas – incluindo o que penso sobre a recente “decisão” anunciada por minha esposa. Creio que Giullia Maria, resoluta que será, não tomará conhecimento dela...

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(*) Um orgulhoso esposo.



às 23:18 -- Link do Texto